segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Há algo muito perigoso na completa intimidade dos sonhadores.
Nós criamos tudo, como aquela brincadeira de infância,de construir casinhas, ruas enfeitadas, heróis..
Nós inventamos os motivos de ser, e os de não ser.
Apanhamos da vida como dois cachorros e mesmo assim ainda saberíamos recitar poemas, falar de um tempo perdido, rir dos bêbados solitários, dos críticos, dos políticos, da miséria, nada importará.
A ironia mostra apenas o real.
Que sempre esteve por lá.
Que sempre estará por aqui.
E é preciso ver, deixa arder querida, deixa arder a vida depressa.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Doida doída.

"Tudo é muito intenso.
Cada ar que passa pelas narinas e ossos e pulmões.
Tudo passa intenso,devagar.
Nada pára pra dizer que é simples viver.
Não é só respirar.
Tudo dói.Dói extremamente.
Quando caio não levanto com habilidade mas quando levanto com habilidade rapidamente logo depois indecisa salto de um lado a outro feito sapo.
Não observo.Não ouço.
Engulo e nao sinto o gosto das coisas,nem o cheiro do ar que bate.
Fico ausente e me observo só.
Lá fora tudo acontece.
Não!Doida!Dentro é que acontece,não sei mais o nome das coisas.
Por que tudo aqui é muito intenso,corrói gástrico,arde e queima feito cera quente e seca sem cessar
Fiquei tonta."